sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal...

Era mais um domingo de culto, mas ao entrar na igreja vi que havia algo diferente. Ela estava enfeitada com luzes... luzes de Natal. Sorri. As lembranças foram inevitáveis.

Esta é a data de que mais gosto. Mais que todas as outras. É aqui que me reencontro... Natal.

Lembro-me de tantos, acho que de todos, desde o dia em que nasci. rsrsrs Imagino que tenha sido sempre assim. Era a única data em que as roupas eram novas. De grife??? Nada disso. Deus providenciou tudo para mim. Tenho irmãos mais velhos. Dentre eles uma costureira. Sou caçula, lembra?

Eles providenciavam o tecido e minha irmã, de forma primorosa, costurava minha roupa nova de Natal.

Não tínhamos presentes caros, aliás, quase não tínhamos presentes, mas havia algo mais valioso. Aquela data... Me contaram que foi nela que nasceu Aquele Menino. Desde pequena eu aprendi a amá-Lo e a comemorar seu aniversário muito mais entusiásticamente que o meu próprio. É, tínhamos Jesus.

Árvore de Natal??? rsrs Não, não tínhamos em casa. Mas havia aquela da igreja, aquela que mais de uma vez eu ajudei a enfeitar. Era a minha árvore de Natal. Mais tarde plantaram aquele pinheiro próximo ao templo e todos os natais ele estava ali, com lâmpadas coloridas, piscando... piscando. Não precisava mais que aquilo. Ali estava nossa árvore de Natal.

Por isso, naquele domingo, ao chegar à Igreja... vi minha família reunida no templo na noite de Natal.

Não me fizeram acreditar que havia Papai Noel, aliás, só o conheci depois de muito tempo, pela televisão. Nosso Natal só tinha um astro: Jesus.

Não havia meias em chaminés. Só havia Jesus. A cena do nascimento gravada em minha memória. Maria e José. O anjo Gabriel. Belém. A manjedoura. Os anjos cantando. os pastores. Os reis. O menino, ah, sim, o menino. A esperança.

Jamais me preocupei em saber se era verdade. Se Ele havia mesmo nascido naquela data. Isso nunca importou. O que importava e importa para mim é Ele.

As luzes no altar da igreja naquele domingo...

De repente, os sons se misturaram em minha cabeça, lembrei das canções e das cantatas. Que linda melodia!!!

De repente as emoções todas estavam ali. Senti falta daqueles que não poderiam estar comigo.

As cores do Natal... Amo as cores do Natal. Amo as luzes de Natal. O amor se derramando...

As luzes no altar...

No domingo seguinte havia laços dourados com bordas vermelhas... Me dei conta!!! Que saudade da velha igreja em Piranema!!! Que saudade de suas luzes piscando, de seu pinheiro no gramado, de nossa árvore de Natal!!!

Que saudade da Primeira Igreja Batista na Universidade Rural, dos amigos deixados ali, das canções de Natal que juntos entoamos!!!

Que saudade da Terceira Igreja Batista em Magalhães Bastos... Quantos Natais!!! Quantas Cantatas!!! Quantos sorrisos!!! Que saudade da ceia na casa da Dilcéia. Que saudade...

As luzes continuavam piscando... Sorri.

Ao ouvir meu irmão Edson ontem, em sua breve preleção enquanto aguardávamos os demais familiares, percebi que ele, como eu, havia sido tocado, chegou à conclusão de que era Natal!!! Nada mais importava. Me emocionei ao ouvi-lo dizer que nenhuma data seria melhor para comemorar o nascimento de Jesus que a de 25 de dezembro. "São apenas 7 dias antes de um novo ano. É momento de esperança. É momento de alegria, de boas novas."

Depois veio a oração da Ruth, nosso milagre diário. Essa é a diferença, todos os nossos dias são dias de Natal. Ouvi-la agradecer pela maravilhosa data em que Deus enviou seu Filho ao mundo me fez ter certeza de que aquela era a data, a nossa data de celebração, aquele era o momento!

Foram duas as vezes do "Fiat Lux". Uma na criação do mundo e outra quando Jesus nasceu. Deus, em seu infinito amor, repetiu: "Haja Luz!" e Ele veio iluminar nossas vidas.

Feliz Aniversário, meu Jesus!!!

Apenas Ouça...

Tudo começou quando...

meus sobrinhos, e não são poucos, resolveram fazer concurso para o Tribunal de Justiça.

Eu já estava trabalhando como Auxiliar Judiciário, aprovada no concurso de 1993. Pediram-me que desse aulas.

Então nos reuníamos na casa de um deles aos finais de semana e estudávamos. Comecei a elaborar apostilas que eram chamadas por eles de "apostilas da Que-Quel".

Ah, devo dizer que também não foi fácil pra mim.

Sou caçula de uma família com dez filhos.

Meus pais, muito humildes, não podiam fazer mais do que faziam. Todos tivemos que nos virar muito cedo.

Mas eles estavam ali.... movidos de esperança. Ensinaram-me que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, não importa quantas vezes choremos... não importa se não chegamos em primeiro lugar... não importa se não alcançamos nossos alvos na primeira tentativa... não importam as adversidades... apenas continuem, dizia meu pai. E o via ali, praticando, ele mesmo, tudo o que ensinava.

E segui.

E então, como dizia, comecei a elaborar apostilas que foram ficando famosas... rsrs


No Fórum onde trabalhava, os colegas começaram a pedir que desse aulas. Mudei o local para minha casa e começamos a estudar.

E veio o concurso de 1997. Prova difícil.
Não obtiveram o êxito esperado. Mas não desistimos.

E veio o concurso de 2001. Estava já há algum tempo no TJ e resolvi que precisava mudar de cargo. Precisava passar para Analista. O que fazer? Pedi um mês de licença-prêmio e me tranquei em casa.

Prestem atenção. Tranquei-me!!! O tempo jogava contra mim. Minha licença foi deferida para 1º de julho de 2001 e a prova seria vinte e um dias depois.


Passava os dias lendo Codejrj e Estatuto e gravando a minha própria voz para escutar mais tarde, enquanto fazia outras tarefas.

Estudei o que pude, como pude.


E aí... em 2001 fui aprovada para Analista Judiciário (antigo Técnico Judiciário Juramentado). Gabaritei as questões de Codjerj e Estatuto.

Pouco tempo depois, estava trabalhando, quando um amigo, Vinícius, sabendo que eu havia gabaritado essas matérias, me convidou para dar aulas em Campo Grande-RJ.

Fui, morrendo de medo. Frio na barriga. Mas fui...

Lembra?? Jamais desistir!


Parece que gostaram... Daqui a pouco, ele mesmo , Vinícius, ao ser convidado para dar aulas em um curso da Barra, indicou meu nome para substituí-lo.

E lá fui eu... Assim, foram conhecendo meu trabalho.

Logo, estava sendo convidada para outro curso... e outro... e outro...


E tenho dado aulas desde então. A cada concurso, um novo desafio.

As apostilas da "Que-Quel" foram transformadas em apostilas da Professora Raquel Tinoco.

Amanda, minha sobrinha, está hoje no TJ-PR.

Outros sobrinhos seguiram rumos diferentes, sempre em frente, sempre na direção de seus sonhos. Estão chegando lá.


Meus alunos tornaram-se meus amigos e isso não tem preço.

Meu maior incentivo?? É acompanhar cada resultado e torcer por:

Admares, Alessandras, Alexandres, Alines, Amandas, Andréias, Andrezzas, Anicks, Arianes, Biancas, Bias, Brunos, Calixtos, Carlas, Carlos, Carlinhos, Carolinas, Carolines, Cidas, Christians, Constanças, Cristianes, Daniéis, Danielles, Deises, Denises, Diogos, Drês, Dris, Eneas, Fabíolas, Fábios, Fernandas, Filipes, Flávios, Freds, Giselas, Giseles, Ghislaines, Glórias, Hannas, Henriques, Ianos, Ilanas, Isabéis, Isabelas, Israéis, Ivanas, Ivans, Izadoras, Jackies, Jacques, Janes, Joões, Jeans, Julianas, Kayenes, Kátias, Lenes, Léos, Lúcias, Lucianas, Lucianos, Ludymilas, Luízas, Luzias, Magnos, Marcelas, Marcélis, Marcellas, Marcelles, Márcias, Marcys, Marianas, Marias, Megs, Meles, Mônicas, Patrícias, Pattys, Paulos, Pedros, Pritzes, Rafas, Rafaéis, Raphas, Raquéis, Renatas, Renées, Robertas, Robertos, Rodrigos, Rogérias, Silvanias, Simones, Sérgios, Suelens, Suellens, Tassianas, Tatis, Vanessas, Vicentes, Wilsons....

Deus os abençoe.

não desista!

não desista!

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